QUERALT DEL HIERRO, MARÍA DEL PILAR. Memórias
da Rainha Santa. [La rosa de Coimbra]. Trad. Boléo, João
Bernardo Paiva.Lisboa: A Esfera dos Livros, 2009. ISBN: 978-989-626-144-3.
Sinopse
Frei Ramón de
Alquézar, homem rijo e determinado, não levava mais do que uns pertences
pessoais, um par de livros de orações e o precioso manuscrito de capa de couro
que guardava com a sua vida nesta viagem até Roma. Por ele tinha abandonado o
Convento de Olivar perto de Saragoça e quebrado os seus votos conventuais. O
seu objectivo era levar este manuscrito ao Papa Urbano VIII e deixar provado
que Isabel de Aragão, rainha de Portugal, merecia subir aos altares e ser
considerada santa pela Igreja Católica. Através das páginas deste precioso
manuscrito escrito pela mão da própria rainha, ficamos a conhecer a vida desta
mulher que nasceu infanta de Aragão, no frio e inóspito mês de Fevereiro de
1271, em Espanha. Mas ficou para a História como Rainha Santa Isabel de
Portugal, mulher de D. Dinis, mãe do futuro rei D. Afonso IV. Romance da Rainha,
tornada santa, mas também da mulher que assistiu às constantes traições do
marido, homem de muitas amantes e visitante habitual do Convento de Odivelas, e
que deixou a seu cuidado muitos filhos bastardos para educar e cuidar. Culta,
energética e corajosa, Isabel dedicou-se com humildade e piedade ao auxiliar os
doentes e os mais necessitados, fundando ou patrocinando igrejas, mosteiros,
hospitais e asilos. Quando termina de ler a última página do manuscrito, o Papa
Urbano VIII está verdadeiramente enfeitiçado pela vida de Isabel de Portugal
que acaba por subir aos altares a 25 de Maio de 1625. O pobre padre Ramón de
Alquézar não coube em si de contente. Estava cumprida a sua missão.
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